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México e Chile são os primeiros países latino-americanos a vacinar contra a Covid
SAÚDE
Publicado em 24/12/2020

O México, o Chile e a Costa Rica iniciaram a vacinação contra a Covid-19 nesta quinta-feira (24). O México foi o primeiro país latino-americano a começar a imunizar a população. Os dois países vão aplicar a vacina desenvolvida em conjunto pela Pfizer e BioNTech.

A primeira dose na América Latina foi aplicada em Maria Irene Ramirez, de 59 anos, chefe de enfermagem da unidade de terapia intensiva do Hospital Geral Ruben Leñero, na Cidade do México. Veja no vídeo acima.

“Estou um pouco nervosa, mas muito feliz. É o melhor presente que pude receber em 2020, me dá mais segurança e mais coragem para continuar na guerra contra um inimigo invisível. Temos medo, mas devemos continuar”, disse Maria Irene, antes de ser vacinada.

Logo depois de a vacinação começar no México, o Chile também aplicou a primeira dose, na auxiliar de enfermagem Zulema Riquelme, de 46 anos, no Hospital Sótero del Río, na região metropolitana de Santiago.

"Estou muito emocionada, nervosa; são múltiplas emoções", disse Zulema antes de ser vacinada, ao responder o presidente Sebastián Piñera, que supervisionava o processo e lhe perguntou como era ser a primeira pessoa a receber a vacina no país.

"Vocês são a esperança de todos", disse o presidente, que acompanhou desde o início a chegada das primeiras doses da vacina ao Chile.

No Chile, um carregamento com 10 mil doses da vacina dos laboratórios Pfizer/BioNTech também chegou nesta quinta-feira, de acordo com a presidência do país.

De acordo com o plano oficial, que prevê a vacinação de 15 dos 18 milhões de habitantes do país no primeiro semestre de 2021, as primeiras doses serão destinadas às equipes médicas que trabalham em UTIs com pacientes críticos nas regiões de La Araucanía, Biobío e Magallanes, no sul do Chile, que hoje acumulam o maior número de infecções.

Também será incluído um terço dos trabalhadores da saúde da região metropolitana, onde vive cerca de metade da população total do país. Posteriormente, virão o restante do pessoal médico, os idosos e os doentes crônicos, que estão sob maior risco de contágio, e, por fim, a população em geral será vacinada. Segundo o presidente Piñera, o Chile conseguiu garantir o fornecimento de 30 milhões de doses da vacina.

 

A Costa Rica também iniciou a vacinação de parte de sua população nesta quinta-feira (24). O país havia anunciado na semana passada a aprovação do uso das vacinas Pfizer/BioNTech contra Covid-19 para seus habitantes. As primeiras vacinas serão aplicadas em profissionais de saúde e idosos.

"Não vai ser uma vacinação em massa. É como construir uma casa por partes. Camadas de risco vão sendo eliminadas da população aos poucos. Será seguro, controlado e de alto impacto. Serão selecionados os grupos de maior risco", explicou o presidente do Fundo de Previdência Social da Costa Rica, Román Macaya.

O país, com 5 milhões de habitantes, registrou mais de 161 mil casos de Covid-19 e pouco mais de 2 mil mortes.

José Acuña, médico do Centro Especializado de Atendimento a Pacientes com COVID-19 (Ceaco), foi o primeiro profissional da saúde a receber a vacina contra a doença no país.

"Este momento representa para o país o início do caminho para o fim da pandemia COVID-19", afirmou Carlos Alvarado, presidente da Costa Rica.

  

A Argentina também recebeu vacinas contra a Covid-19. Um carregamento de 300 mil vacinas chegou nesta quinta-feira a Buenos Aires procedente da Rússia em um voo fretado. O lote permitirá ao país iniciar em breve uma campanha de imunização.

A vacina Sputnik V foi aprovada "em caráter de emergência" na quarta-feira pelo Ministério da Saúde, sendo a primeira autorização da vacina russa na América Latina, informou em um comunicado o Fundo de Investimentos Diretos da Rússia, que participou no financiamento do desenvolvimento da vacina.

 

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