O número de casos de chikungunya registrados na Bahia entre janeiro e agosto deste ano aumentou 334%, em comparação ao mesmo período do ano passado. Em Salvador, o crescimento é de 256%.
De acordo com dados da Secretaria Estadual de Saúde da Bahia (Sesab), de janeiro a agosto de 2019, foram notificados cerca de 7,5 mil casos de chikungunya no estado. No mesmo período deste ano, a pasta registrou cerca de 33 mil casos.
Com relação a Salvador, o crescimento foi grande também. De janeiro a agosto de 2019, a capital baiana teve 2.163 casos da doença. No mesmo período de deste ano, já são cerca de 7,5 mil casos.
Um dos bairros onde os moradores relatam grande quantidade casos é Paripe, no subúrbio ferroviário.
“Meu marido sentiu dor de cabeça, febre, muita dor nas articulações, nas juntas. O pulso, o cotovelo dele e o joelho, ainda continuam enxado”, disse Neris Pedra, moradora do local.
Nas ruas do bairro, os moradores reclamam da falta de estrutura e saneamento básico. Os lixos espalhados nas ruas e águas empoçadas contribuem como foco do mosquito Aedes aegypti.
Segundo uma moradora do local, além da falta de saneamento básico, os agentes de combate as endemias não realizam a vistoria na sua casa desde 2017.
“Em 2017 tiveram lá em casa. Estamos em 2020, é um descaso. É por isso que nós estamos passando por isso aí”, disse Nalva Santos.
“Estão esquecendo das outras doenças, existem outras coisas no país também, não é só coronavírus. Então as pessoas podem morrer de outras doenças. E hoje, depois de seis meses com a chikungunya, eu não consigo andar direito”, explicou Marta Ferreira.