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Nº de casos de chikungunya na Bahia cresce 434% entre 2019 e 2020; estado teve aumento de mais de 100% em um mês
SAÚDE
Publicado em 07/07/2020

O número de casos de chikungunya na Bahia subiu de 4.365 notificações, entre dezembro de 2018 e junho de 2019, para 23.311 casos entre dezembro de 2019 e junho de 2020. Segundo a Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), o crescimento foi de 434%. [Confira medidas de prevenção abaixo]

Em maio deste ano, a pasta divulgou um balanço no qual apontou que a Bahia havia registrado 10.054 casos de chikungunya entre dezembro do ano passado e maio. Com isso, conclui-se que, só em junho, foram registrados 13.257 casos, um aumento de mais de 100% em um mês.

A Sesab ainda destacou que, até o momento, constam três óbitos confirmados laboratorialmente para chikungunya, todos ocorridos em Salvador.

A secretaria informou que não houve nenhum outro país, em todo o mundo, com mais casos de chikungunya em junho que o Brasil, de acordo com o Centro Europeu para Prevenção e Controle de Doenças, órgão de vigilância da União Europeia. E que, entre os mais de 40 mil casos no país, a maioria está na Bahia, com 41,5% das notificações, segundo dados do Ministério da Saúde,

Ainda conforme a Sesab, no total, 261 municípios baianos notificaram casos da doença, sendo que 85 deles apresentaram incidência maior ou igual a 100 casos para cada 100 mil habitantes.

A Sesab destacou que a chikungunya não é uma doença letal, mas que em pacientes idosos, portadores de reumatismo ou comorbidades como diabetes e hipertensão, podem evoluir com complicações, levando à morte.​​​

 

As principais medidas de prevenção são:​

Manter bem tampados tonéis, caixas e barris de água; Lavar semanalmente com água e sabão tanques utilizados para armazenar água;​​

Manter caixas d'água bem fechadas;​​

Remover galhos e folhas de calhas;​

Não deixar água acumulada sobre a laje;​

Encher pratinhos de vasos com areia ate a borda ou lavá-los uma vez por semana;​​

Trocar água dos vasos e plantas aquáticas uma vez por semana;​​

Colocar lixos em sacos plásticos em lixeiras fechadas;​​

Fechar bem os sacos de lixo e não deixar ao alcance de animais;​​

Manter garrafas de vidro e latinhas de boca para baixo;​​

Acondicionar pneus em locais cobertos;​​

Fazer sempre manutenção de piscinas;​

Tampar ralos;​

Não deixar água acumulada em folhas secas e tampinhas de garrafas;​

Vasos sanitários externos devem ser tampados e verificados semanalmente;​​

Limpar sempre a bandeja do ar-condicionado;​

Lonas para cobrir materiais de construção devem estar sempre bem esticadas para não acumular água;​​

Medidas como uso de repelentes, telas em janelas e uso de mosquiteiros também ajudam como métodos de barreira na prevenção destas doenças.​

O que fazer na pandemia

A Sesab informou que a orientação é que a população só procure as unidades de saúde em casos de agravamento da doença como: acometimento neurológico; sinais de choque, que incluem extremidades frias, cianose, tontura, hipotensão, enchimento capilar lento ou instabilidade hemodinâmica.​

Também em casos de dor torácica, palpitações e arritmias (taquicardia, bradicardia ou outras arritmias); dispneia, redução de diurese ou elevação abrupta de ureia e creatinina e vômitos persistentes.​

​Devem procurar as unidades de saúde, a população de risco para agravamento como gestantes, maiores de 65 anos, menores de 2 anos e pacientes com comorbidades tais como hipertensão arterial ou outras doenças cardiovasculares, diabetes mellitus, DPOC, doenças hematológicas crônicas, doença renal crônica e doenças autoimunes.​

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