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Laboratórios chineses têm seis promissoras vacinas contra a Covid em fase clínica de testes em humanos
SAÚDE
Publicado em 19/06/2020

Pesquisadores da China anunciaram nesta sexta-feira (19) que mais uma potencial vacina contra a Covid-19 começará a ser testada em humanos. A imunização desenvolvida pela Clover Biofarmaceuticals é a sexta desenvolvida pelos chineses a chegar na fase clínica.

A mais nova vacina chinesa é feita a partir de uma combinação de proteínas (antígenos) com adjuvantes, ou potenciadores, sintéticos – uma substância adicionada para potencializar a resposta imunológica ao antígeno.

A imunização será testada na Austrália, em um estudo organizado com cerca de 150 voluntários entre adultos e idosos. Os pesquisadores avaliarão dois potenciadores, um desenvolvido por pesquisadores britânicos (GSK.L) e outro por norte-americanos (DVAX.O).

Segundo a farmacêutica, os primeiros resultados sobre a segurança da substância em humanos já aparecerão em agosto, e há planos para ampliar os estudos e aplicações de testes até o fim de 2020. Não há, até o momento, vacinas ou tratamentos aprovados para a Covid-19.

Apenas na China, a CanSino Biological, a Sinopharm e o Instituto de Produtos Biológicos de Wuhan já testam outras imunizações. Nos EUA, a farmacêutica Moderna e a AstraZeneca do Reino Unido também apresentaram vacinas promissoras para a Covid-19.

 

Vacina testada no Brasil

O Instituto Butantã, em São Paulo, se tornou parceiro de um laboratório chinês para a produção de uma vacina contra o coronavírus que está em fase final de testes. A vacina da Sinovac Biotech já foi aprovada para testes clínicos na China.

Ela usa uma versão do vírus inativado. Isso quer dizer que não há a presença do coronavírus Sars-Cov-2 vivo na solução, o que reduz os riscos deste tipo de imunização. Vacinas inativadas são compostas pelo vírus morto ou por partes dele. Isso garante que ele não consiga se duplicar no sistema.

Ela implanta uma espécie de memória celular responsável por ativar a imunidade de quem é vacinado. Quando entra em contato com o coronavírus ativo, o corpo já está preparado para induzir uma resposta imune.

 

A busca pela vacina

Para chegar a uma vacina efetiva, os pesquisadores precisam percorrer diversas etapas para testar segurança e resposta imune. Primeiro há uma fase exploratória, com pesquisa e identificação de moléculas promissoras (antígenos).

O segundo momento é de fase pré-clínica, em que ocorre a validação da vacina em organismos vivos, usando animais (ratos, por exemplo). Só então é chegada à fase clínica, em humanos, em três fases de testes:

Fase 1: avaliação preliminar com poucos voluntários adultos monitorados de perto;

Fase 2: testes em centenas de participantes que indicam informações sobre doses e horários que serão usados na fase 3. Pacientes são escolhidos de forma randomizada (aleatória) e são bem controlados;

Fase 3: ensaio em larga escala (com milhares de indivíduos) que precisa fornecer uma avaliação definitiva da eficácia/segurança e prever eventos adversos; só então há um registro sanitário.

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