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Polícia detalha investigação sobre assassinato do marido de Flordelis e diz que motivação 'não está definida'
POLÍCIA
Publicado em 21/06/2019

A delegada Barbara Lomba – titular da Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo - detalhou, na manhã desta sexta-feira (21), a investigação sobre o assassinato do pastor Anderson do Carmo. O marido da deputada Flordelis (PSD) foi morto a tiros na madrugada do último domingo (16).

De acordo com a delegada, ainda não foi esclarecido como aconteceu a execução e o que motivou o crime. "Não está esclarecida se a execução aconteceu daquela forma que foi narrada, se são só essas pessoas envolvidas, então, muita coisa ainda está indefinida. São muitas motivações possíveis, pode ser mais de uma e não está comprovada a relação extraconjugal”, explicou Lomba, ressaltando que, apesar de um dos filhos ter admitido ter efetuado disparos, apenas a confissão não é suficiente para definir a causa do crime.

Dois filhos da parlamentar - Lucas dos Santos, de 18 anos, e Flávio dos Santos, 38 – estão presos por suspeita de envolvimento na morte do pastor. De acordo com o laudo da necropsia, o corpo de Anderson tinha 30 perfurações.

Na quinta-feira (20), a Polícia Civil informou que um terceiro filho disse em depoimento que suspeitava do envolvimento da deputada Flordelis e de outras 3 filhas no crime. Segundo o jovem, uma delas ofereceu R$ 10 mil ao irmão Lucas dos Santos para matar o pastor.

Após ser procurada, a Flordelis afirmou, por meio da assessoria, que não irá se pronunciar sobre o assunto. O rapaz, que não teve a identidade revelada, disse que a mãe e três irmãs colocavam remédio na comida do pai e que isso seria a causa de seus problemas de saúde. Ele contou também que Anderson mostrou uma ameaça de morte que tinha recebido em fevereiro. A deputada e o pastor têm 55 filhos, entre biológicos e adotivos.

 

Filha de deputada teria oferecido R$ 10 mil por assassinato

O jovem afirmou ainda que o irmão Lucas recebeu proposta de R$ 10 mil de uma das irmãs para matar Anderson. Lucas não estava na casa no momento do crime, mas teria comprado a arma usada no assassinato.

No depoimento, o filho disse que não houve barulho, confusão e nem moto em fuga no momento da morte. Ele afirmou que viu o irmão Flávio, que confessou ter dado seis tiros no pai, ao lado do corpo ensanguentado, recolhendo uma mochila de couro e o telefone celular do pastor. O aparelho foi entregue para a mãe Flordelis, segundo o depoimento.

 

Os policiais ainda não encontraram os celulares de Flordelis, do pastor e de Flavio. Também não acharam a mochila.

Segundo o filho, Flordelis teria afirmado que "a hora do pai estava chegando". Ele descreveu o comportamento desesperado dos parentes no velório como "teatro".

Nesta quinta-feira (20), a Justiça do Rio de Janeiro aceitou o pedido da Polícia Civil e determinou a prisão temporária de Lucas e Flávio. O pedido foi feito ao Judiciário após os investigadores realizarem uma acareação entre Flávio e Lucas.

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