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Temporal mata três pessoas no Rio de Janeiro
09/04/2019 11:40 em Notícias

A tempestade que caiu no Rio de Janeiro na noite desta segunda-feira (8) deixou três mortos: um homem na Gávea e duas irmãs no Leme. A terça-feira (9) começou com mais chuva. Pancadas moderadas e fortes atingiram a cidade ao longo da manhã e três pessoas seguiam desaparecidas - um homem que teria sido atingido por um deslizamento no Morro da Babilônia e uma avó e sua neta que saíam de um shopping em Botafogo em direção a Copacabana.

O município está em estágio de crise - o mais alto em uma escala de três - desde as 20h55. A recomendação é para evitar deslocamentos. A rede municipal de ensino e algumas unidades particulares não vão funcionar.

Quedas de barreira interditaram o Alto da Boa Vista e a Avenida Niemeyer - onde mais um trecho da ciclovia foi arrastado para o mar.

 

Bombeiro com máscara de mergulho se aproxima de carro submerso no mergulhão da Barra — Foto: Lívia Torres/TV Globo

 

 

Vítimas

Guilherme N. Fontes, 30 anos, na Gávea;

Doralice do Nascimento, 55 anos, no Leme;

Gerlaine do Nascimento, 53 anos, no Leme.

 

Mortes no Leme

 

No início da madrugada, um deslizamento de terra atingiu o Morro da Babilônia, no Leme, matando duas irmãs, que eram vizinhas.

Havia a informação preliminar de que crianças tinham sido soterradas.  duas mulheres foram retiradas do lamaçal. Outras duas pessoas foram feridas, e um homem está desaparecido.

Os volumes registrados entre o fim da tarde de segunda e o início da manhã de terça superam os índices pluviométricos do temporal de 6 e 7 de fevereiro, quando seis pessoas morreram. No Jardim Botânico, por exemplo, caiu o dobro de água.

 

Morte na Gávea

Na noite de segunda, o temporal alagou ruas, derrubou árvores e destruiu carros. Segundo o comando do 23º Batalhão de Polícia Militar (Leblon), o corpo de um homem foi achado na Gávea, Zona Sul, debaixo de um carro. Na manhã desta terça, os bombeiros o identificaram como Guilherme N. Fontes, de 30 anos.

A causa da morte ainda não foi divulgada. Segundo testemunhas, Guilherme morreu afogado ao cair de moto, ser arrastado pela água que descia da Avenida Marquês de São Vicente, uma das principais do bairro, e ficar preso debaixo de um carro.

 

Carros arrastados pela chuva na rua Pacheco Leão, no Jardim Botânico — Foto: Reprodução/Redes Sociais

 

Resumo do temporal

1 morte na Gávea

2 mortes no Morro da Babilônia, no Leme

1 desaparecido no Leme

39 sirenes acionadas em 20 comunidades

Rio entrou em estágio de crise às 20h55

Barra/Barrinha foi onde mais choveu

Aulas suspensas na rede municipal nesta terça

Mais um trecho da Ciclovia Tim Maia desabou, e Av. Niemeyer foi interditada

Bombeiros usaram barcos para resgatar crianças no Jd. Botânico

 

Estágio de crise

Chuva provoca caos no trânsito do Rio

A cidade entrou em estágio de atenção às 18h35 de segunda. Às 20h55, passou para o estágio de crise — o mais grave de três níveis de risco, segundo o Alerta Rio, sistema da prefeitura.

Em quatro horas, choveu mais no Rio do que nos dias 6 e 7 de fevereiro, quando seis pessoas morreram em consequência do temporal. Trinta e nove sirenes foram acionadas em pelo menos 20 comunidades. Não há informação sobre feridos. A Defesa Civil informou em entrevista à GloboNews que foram feitas mais de 1,7 mil ocorrências.

Em 4 horas, choveu mais que o dobro da média para todo o mês de abril em alguns bairros do Rio — Foto: Reprodução/Climatempo Em 4 horas, choveu mais que o dobro da média para todo o mês de abril em alguns bairros do Rio — Foto: Reprodução/Climatempo

Em 4 horas, choveu mais que o dobro da média para todo o mês de abril em alguns bairros do Rio — Foto: Reprodução/Climatempo

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê mais chuvas fortes com trovoadas até as 10h desta terça. A prefeitura recomenda que a população somente se desloque "em caso de extrema necessidade".

 

Aulas suspensas

Devido aos estragos, que provocam dificuldade de deslocamento, além do risco de mais chuva, a prefeitura determinou o cancelamento das aulas nas escolas municipais. Até o início da madrugada, não havia informação sobre o ensino estadual.

Escolas particulares e universidades, como a PUC-Rio, também divulgaram que não terão aulas.

   

Ciclovia desaba de novo

Por volta das 22h, um trecho da ciclovia Tim Maia caiu. Foi o quarto desabamento desde que ela foi inaugurada, em 2016. No primeiro, em abril do mesmo ano, duas pessoas morreram quando uma onda destruiu a via durante uma ressaca.

Em fevereiro do ano passado, em outro trecho, próximo ao túnel que liga São Conrado à Barra, também houve um desabamento. Em fevereiro deste ano, outra queda parcial, desta vez sem vítimas, durante outro temporal no Rio.

A queda desta segunda ocorreu quando a Avenida Niemeyer já estava fechada devido ao risco de deslizamentos. O procedimento tem sido realizado desde que duas pessoas morreram na via no temporal de 7 de fevereiro.

O estágio de crise é o terceiro nível em uma escala de três e significa "previsão de chuva forte, ocasionalmente muito forte nas próximas horas, podendo causar múltiplos alagamentos e deslizamentos, e transtornos generalizados em uma ou mais regiões da cidade". Nesta situação as equipes emergenciais da Prefeitura já estão atuando.

 

A prefeitura recomenda que a população tome as seguintes ações preventivas:

Os habitantes das áreas de risco devem se deslocar imediatamente para locais seguros

Os moradores de áreas de encostas devem ficar atentos para indícios de ameaças de deslizamentos e estarem preparados para se deslocarem para locais seguros

As pessoas que estiverem em locais seguros devem permanecer nestes locais até o cancelamento do alerta

As vias urbanas que atravessam os maciços montanhosos da cidade e as áreas inundáveis devem ser evitadas

Evite transitar em áreas alagadas e próximas a córregos, canais e rios sujeitos a transbordamentos

Em casos de ventos fortes e/ou chuvas com descargas elétricas, evite ficar próximo a árvores, redes de distribuição de energia elétrica ou em áreas descampadas

Se necessário, use os telefones de emergência 193 (Corpo de Bombeiros), 199 (Defesa Civil) ou 1746 (Central de Atendimento da Prefeitura)

 

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