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Último show do Rappa marca o terceiro 'fim' da banda em 25 anos de carreira tensa
20/04/2018 07:51 em Música

A história do universo pop está repleta de vaivéns de bandas. O fim que um dia pareceu definitivo não se sustenta anos depois. Voltar à cena – nem que seja por mera necessidade financeira – é prática recorrente nesse mundo volátil em que grupos que disseram adeus ao público (geralmente com emocionadas mensagens de agradecimento aos fãs) acabam anunciando um retorno com a esperança de que ele, o público, ainda estará lá, pronto para receber a banda de volta para o aconchego dos fãs.

Por isso mesmo, por mais nublado que esteja o tempo do grupo carioca O Rappa nesse momento, o show feito em arena carioca na madrugada do último domingo, 15 de abril de 2018, jamais deve ser encarado como o fim definitivo da banda formada em 1993 na cidade do Rio de Janeiro (RJ). Até porque, de forma metafórica, O Rappa já acabou pelo menos duas vezes ao longo de 25 anos de carreira pautada pela tensão.

O primeiro término aconteceu em 2001 e foi um fim de natureza puramente artística, causada pela turbulenta saída do baterista Marcelo Yuka, principal letrista do repertório autoral do Rappa. Calcado em azeitado mix de rock, reggae, rap e funk, esse repertório tinha força social por conta das letras de Yuka. Aconteceu ali, então, o primeiro fim do Rappa, embora a banda não tivesse saído de cena na ocasião.

 

Em 2009, um hiato pode ser considerado o segundo fim da banda. Descompasso entre os integrantes Marcelo Falcão (voz), Xandão Menezes (guitarra), Lauro Farias (baixo) e Marcelo Lobato (bateria e teclados) motivou o recesso, interrompido em 2011. De lá para cá, o Rappa veio se escorando nos shows, feitos na pressão e com roteiro que inclui os clássicos do grupo compostos com os versos de Yuka. Em discos, não raro a banda soou como clone de si mesma, tentando em vão conquistar uma relevância social a que já não fazia jus.

Foram os shows que mantiveram a banda em cena, com público vasto e fiel, até esse terceiro fim. A razão seria a indisposição dos demais integrantes da banda com o vocalista Marcelo Falcão. Evidente até no palco, o mal-estar dos bastidores teria como razão os constantes atrasos de Falcão nos shows. Aliados a esses atrasos, a vontade de Falcão de se consolidar como artista solo sem sair do Rappa – evidenciada em gravações feitas com o grupo Jota Quest e a cantora Iza ao longo de 2017 – provocou atrito e minou de vez a boa convivência entre os integrantes do grupo, motivando o terceiro fim do Rappa.

or ora, tudo parece definitivo. Só que o tempo é conselheiro infalível, com poder para diluir egos inflados. Quando a necessidade financeira se impuser e quando a falta de relevância artística fora do Rappa estiver patente para todos, não será surpresa se o Rappa anunciar retorno à cena com os ânimos já serenados. É assim que caminha a humanidade pop!

 

Fonte: site G1

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