Acadêmicos do Tatuapé é bicampeã do carnaval 2018 de São Paulo. O título só foi garantido na apuração da última nota do último jurado, e pelo critério de desempate: a escola ficou com a mesma pontuação da Mocidade Alegre, Mancha Verde e Tom Maior (270 pontos), mas teve melhor desempenho no quesito alegoria. Unidos do Peruche e Independente Tricolar foram rebaixadas.
Muito emocionado, Eduardo dos Santos, presidente da agremiação, defendeu o mérito da vitória e agradeceu os integrantes da escola.
É o segundo título da história da escola de Tatuapé (Foto: Celso Tavares/G1)
"Esse é um trabalho da nossa comunidade, do nosso time, do nosso povo. Nós somos merecedores, nós trabalhamos muito para isso. Acho que a gente fez um belo trabalho, vamos comemorar, eles merecem todo nosso carinho e nosso amor", disse.
Resultado do carnaval 2018 de São Paulo (Foto: Arte/G1)
A escola da Zona Leste conquistou o segundo título da sua história com um desfile que contou a história e as belezas do folclore e da cultura do Maranhão.
Quadra da Acadêmicos do Tatuapé durante apuração das notas nesta terça-feira (13) (Foto: Reprodução/TV Globo)
Acadêmicos do Tucuruvi, vítima de incêndio em janeiro, não foi avaliada.
A escola campeã, a vice, a terceira, quarta e quinta colocadas do Grupo Especial vão participar do Desfile das Campeãs na sexta-feira (16), junto com a campeã e vice do Grupo de Acesso. Irão desfilar: Tatuapé, Mocidade, Mancha Verde, Tom Maior e Dragões da Real.
As duas últimas colocadas, Unidos do Peruche e Independente, foram rebaixadas.
Comparação da posição das escolas no carnaval de São Paulo em 2017 e em 2018 (Foto: Arte/G1)
Abre-alas da Acadêmicos do Tatuapé se chama 'França equinocial – sonho francês' (Foto: Ardilhes Moreira/G1)
A escola da Zona Leste apostou neste ano em um desfile tradicional que aconteceu sem imprevistos e agradou pelo samba-enredo potente.
Um dos destaques foi a bateria, que interagiu com os integrantes fazendo "apagões": os instrumentos davam trégua, e a escola podia cantar o samba.
A Acadêmicos do Tatuapé ainda apostou em uma bossa ao ritmo de reggae, muito popular no Maranhão, e em carros alegóricos que mostravam a culinária, a história e a natureza desse estado do Nordeste do Brasil.
O carnavalesco Wagner Santos estreou na Tatuapé desenvolvendo um enredo que conhece bem, já que é maranhense. A escola levou para a avenida 3,2 mil integrantes em fantasias luxuosas, alas coreografadas e alegorias gigantescas.
A Tatuapé entrou no Anhembi "navegando" com uma ala que representava o mar e as caravelas dos portugueses. Na sequência, alas e carros mostraram a culinária, a história e a natureza do Maranhão.
Bateria da Tatuapé simboliza os blocos tradicionais maranhenses
Priscila Araújo é primeira princesa e Andréa Capitulino é rainha de bateria da Tatuapé
Comissão de frente da Tatuapé representa encontro de franceses com índios no Maranhão
Samba enredo da Tatuapé faz homenagem ao Maranhão
Fantasia da rainha de bateria da Acadêmicos do Tatuapé custou R$100 mil
Primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira da Tatuapé representam a Canção do Exílio
Acadêmicos do Tatuapé levou para avenida carro que mostra as lendas do Maranhão (Foto: Ardilhes Moreira/G1)
Em 2017, a escola foi campeã com o enredo: "Mãe-África conta a sua história: Do berço sagrado da humanidade ao abençoado menino da terra do ouro". No ano passado, a escola ficou com a mesma pontuação da Dragões da Real (269,7 pontos), mas teve melhor desempenho no quesito samba-enredo e levou o título.
A Acadêmicos do Tatuapé retornou ao Grupo Especial em 2013. A agremiação foi fundada em 1952 e está sediada na Rua Melo Peixoto, no bairro de mesmo nome. O primeiro título chegou após 5 anos seguidos desfilando no Grupo Especial. Em seu retorno à elite do carnaval de São Paulo em 2013, a Tatuapé ficou apenas na 11ª colocação. Em 2014, ficou em 6º lugar. Em 2015, terminou na 12ª colocação. Em 2016, foi a vice-campeã.