A Polícia Civil confirmou o indiciamento de duas mulheres suspeitas de torturar uma menina de 9 anos na cidade de Jequitinhonha, a 690 quilômetros de Belo Horizonte. As investigadas são a mãe e a madrinha da vítima.
As agressões, cometidas em março deste ano, foram registradas em vídeo. Na gravação, a menina é chamada de “verminose” e “bicho” e fica desestruturada quando a mulher se refere a ela como "isso". Em determinado momento, a criança tem o braço torcido e grita de dor. Em outra gravação, a mãe aparece batendo na filha e ameaça: “Você vai para a casa do seu pai”.
De acordo com a Polícia Civil, as suspeitas, de 38 e 46 anos, foram indiciadas pelo crime de maus-tratos. A pena prevista para o crime é de 2 meses a 1 ano de detenção e multa, mas pode chegar a 4 anos de reclusão caso haja lesão corporal. O inquérito foi enviado à Justiça no dia 14 de outubro.
A madrinha da criança, que grava as cenas, seria uma advogada que preside uma subseção da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) em Minas Gerais. O Conselho Tutelar da cidade informou que recebeu a denúncia sobre as violações de direito sofridas pela criança em setembro e que tomaria todas as medidas cabíveis no caso. O órgão afirmou, ainda, que a menina está sob a responsabilidade de parentes.
À época, a OAB-MG (Ordem dos Advogados do Brasil em Minas Gerais) informou que iria apurar se existia, de fato, a participação de um de seus inscritos nas agressões e que, caso confirmado, tomaria as providências cabíveis.